quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

No espaço do teu olhar...



Parti
Soltei as amarras e estou à meio caminho
Já passei pelo ponto de retorno
Agora é sempre em frente até o fim
Mesmo que chegue a lugar algum
Havia esquecido como é bom viajar
Estou em algum ponto entre o bem-querer e o amar
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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Espontâneo e singelo...



Da conquista

A conquista se faz pelo simples,
Dito às vezes complicado...
Fazer o que se espera,
No momento inesperado...

Camila Albani Petró


Pois é. Este é um daqueles poemas que eu gostaria de ter escrito. Simples e claro. A forma e o conteúdo se confundem. Sempre acreditei nas pequenas manifestações e duvidei das faraônicas. Estas me parecem mais destinadas à contemplação alheia, a um certo exibicionismo que é subcutâneo à ação, mas que tem a pretensão de ser o objeto desta; quando, na verdade, o único beneficiário de um gesto singelo é a pessoa a quem este se destina. Diz a música: "isto é sobre eu e você". Não é preciso que o mundo saiba, apenas aquele a quem cabe o gesto. Como foi dito em um filme: "só por que hoje é quarta-feira". Sem motivos aparentes: o brilho no olho e o sorriso já bastam. Por isso não acredito nas datas festivas institucionalizadas: são meras formalidades. Acreditem no espontâneo e no singelo.

Estou lendo pela enésima vez a trilogia do Senhor dos Anéis. Acho que nunca me cansarei de ler. Preciso de um pouco desta imaginação. Meu irmão Renan (www.fotolog.com/lechevais) falou ser impossível não emocionar-se ao final do livro Marley & Eu. Não li. Mas sei que é impossível não emocionar-se com a partida dos portos de Círdan, ao final da saga. "A imaginação é mais importante que o conhecimento", disse Einstein. Quero acreditar nele...

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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Eu...



Eu tenho um mundo inteiro
Aqui dentro da cabeça
Eu invento o meu passado
E justifico o amanhã
Onde eu posso ser eu mesmo
E sem dar explicações

Eu conto o meu tempo
Na intensidade de viver
Não me preocupo com o feito
Mas com a condição de se fazer

Eu invento a minha história
Eu a conto e reconto

Prefiro mesmo o indício
Meia-palavra explicitada
Declaro assim o meu amor
Na carícia do não-dito
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