Às vezes gosto de ti...

Às vezes gosto de ti com a saudade de quem fica

Às vezes gosto de ti com o ardor de um amante
Outras vezes gosto de ti com um amor fraternal
E outras vezes gosto de ti com a admiração idólatra
Muitas vezes gosto de ti como uma musa idealizada
E também gosto de ti de tantas outras maneiras



E sempre uma de cada vez e todas juntas



Na verdade desisti de descobrir como te amo
Apenas aceito o fato de te amar

(existem diversas manifestações de atitude)

Qual a medida certa?

Ser feliz com o que se tem
É tão difícil quanto conviver
Com a infelicidade para quem
Quer sempre mais e mais
E nunca se dá por satisfeito
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A ambição que impulsiona
É a mesma que provoca a ruína
Vai depender sempre do quanto
Tu pretende adicionar à receita
Qual a medida certa?
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O suficiente para que a vida não desande
Para que não se supervalorize
Pequenas escorregadelas do cotidiano
E não se esqueça jamais
Que o fermento da vida ainda é o amor
E que o tempero é rir de si mesmo


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Esquinas da vida...

Perdi a ingenuidade

Numa das esquinas da vida
Como se toma uma carteira
Me tomaram a crença no impossível
Como posso vender sonhos
Se já não durmo mais?

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